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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S534, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859746

ABSTRACT

Relato de caso: Mulher, 47 anos, secretária, proveniente de uma cidade no oeste do Paraná, veio encaminhada por meio do SAMU para o Hospital do Público do Oeste do Paraná em Cascavel, devido a complicações pela Covid-19. A paciente apresentava um histórico clínico de obesidade grau II, diabetes Mellitus tipo II, hipotireoidismo, ansiedade, hipertensão arterial sistêmica. A mesma, já passou por histerectomia e por consulta na União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (UOPECCAN) para a investigação de um quadro. Até o momento da entrada no hospital, ainda não havia recebido a vacina para Covid-19. O teste para Covid-19 foi realizado na cidade onde residia a paciente, após a confirmação do diagnóstico positivo do marido. O hemograma realizado no momento da admissão, apontou uma anemia (9,7 g/dL), anisocitose (RDW 17,5%), acompanhada de leucocitose (60.850 mm³) e plaquetopenia (35.800 mm³). Também foi observado no leucograma, 22% de blastos, 5% de promielócitos, 2% mielócitos e 4 eritroblastos em 100 leucócitos contados. Outros exames laboratoriais foram realizados, sendo os que se apresentaram alterados foi a uréia (175 mg/dL), proteína C reativa (8,1 mg/dL) e desidrogenase láctica (1.993 U/L). A hipótese diagnóstica era de uma leucemia, possivelmente classificada como leucemia mielóide aguda (LMA). Discussão: A leucemia é caracterizada pela proliferação neoplásica generalizada, ou ainda, pelo agrupamento de células hematopoiéticas e linfopoiéticas, podendo envolver o sangue periférico ou não. Podem se apresentar de diferentes tipos, como mieloide aguda, linfoide aguda, mielóide crônica ou linfoide crônica, sendo necessário para a confirmação de cada tipo os exames de mielograma, biópsia de medula óssea, citoquímica, citogenética e imunofenotipagem. Clinicamente e laboratorialmente, a LMA apresenta sintomas como fadiga e fraqueza devido quadro anêmico que pode estar instalado, febre e ou infecção com leucocitoses variáveis ainda com caracterização dos blastos, perda de peso ou perda de apetite, sangramento, epistaxe e equimoses, evidenciando a plaquetopenia. A Covid-19 por sua vez, é causada pelo novo vírus SARS-CoV-2 Os pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 apresentavam sintomas como febre, tosse, fadiga, mialgia e perda de apetite. Em relação aos achados laboratoriais, os pacientes apresentavam hemograma com tendência a linfopenia, biomarcadores de infecção, elevado fator de citocinas inflamatórias. Em contrapartida, a grande maioria dos casos de leucemia, apresentam leucocitose, plaquetopenia e células da linhagem mielóide e linfóide, diferencial do quadro viral causado pela Covid-19. Estudos recentes e relatos de casos, evidenciam que o comprometimento do organismo durante o quadro de infecção viral pelo SARS-CoV-2, pode emergir outras patologias concomitantes e levar a um pior prognóstico. Conclusão: A paciente foi a óbito uma semana após sua entrada no HUOP, devido complicações apresentadas pelo Covid-19. Esperava-se que após receber alta, a paciente fosse encaminhada para um centro de referência do câncer para mais exames, diagnóstico confirmatório de leucemia e receber o tratamento e acompanhamento adequado.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S430, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859679

ABSTRACT

Relato de caso: O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) tem recebido pacientes Covid-19 positivos de toda a 10° Regional de Saúde do Estado do Paraná. Com isso, o fluxo de pacientes e exames laboratoriais é grande. Em um hemograma de rotina de um paciente do sexo Masculino, de 65 anos, internado por decorrência de agravo do quadro infeccioso por Covid-19, foi possível identificar células cogumelos (mushroom-shaped), também conhecidas como células em pinça (pincer-like cells) ou células de Pincer. Discussão: A Covid-19 trata-se de uma infecção viral causada pelo vírus SARS-CoV-2, tendo sido declarada em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde como um caso de pandemia. Pacientes com diagnóstico positivo para a infecção, apresentam hemograma característico, como por exemplo, sinais de leucocitose, linfopenia, microcitose, plaquetopenia, assim como também apresentam aumento do D-dímero, aumento do VHS e prolongamento do tempo de protrombina. Recentemente, alguns relatos de casos e estudos mostraram que durante leitura microscópica de esfregaço sanguíneo, foi observado a presença de células em forma de cogumelo, sendo considerado uma morfologia anormal da hemácia. Essa célula cogumelo, também chamada de célula em pinça ou célula de Pincer, são alterações eritrocitárias decorrentes da deficiência da proteína de membrana Banda-3, que também é vista no quadro de esferocitose hereditária. Em outra situação, as células cogumelos também foram descritas e observadas em pacientes com hemólise, devido à remoção de dois corpos de Heinz que induzem um processo de oxidação. De acordo com o International Council for Standardization in Haematology, essa alteração eritrocitária pode ser considerada como uma célula semelhante a um esquizócito, sendo importante o relato em laudo. Pouco se sabe ainda sobre a real relação entre as células cogumelos serem indicadores da Covid-19. Conclusão: A presença dessas células pode ser por estresse oxidativo decorrente do quadro inflamatório instalado pela Covid-19. A presença de células cogumelos têm sido comum em pacientes positivos, porém pouco se sabe sobre a real relação entre as células cogumelos serem indicadores da Covid-19, necessitando de mais estudo e relatos clínicos.

3.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S1-S2, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859582

ABSTRACT

Relato de caso: Homem de 73 anos;ex-etilista de consumo de destilados em grande quantidade diariamente e ex-tabagista. O histórico de comorbidades consiste em hipertensão arterial sistêmica com tratamento desconhecido, além de apresentar sintomas de hiporexia, hiporreflexia, fraqueza muscular, incontinência urinária/fecal e dificuldades em deambular. O paciente esteve há 60 dias passando grande parte do tempo acamado, devido aos sintomas terem se intensificado. Nos últimos 7 dias o paciente apresentou diarreia com coloração escura e presença de sangue (melena/hematoquezia). Foi encaminhado em maio à Unidade de Pronto Atendimento devido à falta de ar e tosse discretamente produtiva. Respectivo aos sintomas, iniciou-se o tratamento com Ceftriaxona 2 g de 12 em 12 horas, Oseltamivir, Enoxaparina 40 mg e Transamin 500 mg de 8 em 8 horas. A indicativa do tratamento foi decorrente da suspeita de Covid-19. Como havia suspeita de infecção por Covid-19, o paciente precisou ser transferido para para um Hospital Público do Oeste do Paraná. Os exames não-laboratoriais realizados no momento da admissão foram a ultrassom abdominal total, tomografia computadorizada e endoscopia digestiva alta que mostrou uma gastrite erosiva piana leve de antro, característica em casos de excesso de álcool. Já os exames laboratoriais, o hemograma mostrou-se descompensado com eritrócitos 0,68 milhões/mm3, hemoglobina 2,5 g/dL, hematócrito 6,4% VCM 94,1 pg/L e RDW 23,4%, indicando uma anisocitose++. Ainda na série vermelha, teve presença de poliquilocitose++ com macrócitos+ e pontilhado basófilo+;policromasia++ e 1 eritroblasto em 100 leucócitos contados. O leucograma com 2.909/mm3 apresentou 2% de linfócitos atípicos, e entre os 75% de segmentados, foram contados 48 hipersegmentados. Também foi relatado um quadro de plaquetopenia com 22.900/mm3. Outros exames laboratoriais realizados que tiveram valores aumentados e significativos, foram a Desidrogenase Láctica (5.227 U/L), Ferritina (584,4 ng/mL) e ProBNP N-Terminal (2.961,0 pg/mL), após o hemograma apontar possível anemia megaloblástica, foi realizada a dosagem de folato (1,2 ng/mL) e vitamina B12 (138 pg/mL). Devido à anemia severa apresentada através do hemograma, foi iniciado transfusão de 2 concentrados de hemácia ao paciente, mais 5 unidades de plaquetas e mais 600 mL de plasma. Novos hemogramas foram realizados posteriormente em dias alterados, porém não houve melhora significativa dos parâmetros hematimétricos, bem como leucograma, plaquetograma e laboratoriais bioquímicos, mantendo suspeita diagnóstica de anemia megaloblástica grave devido alcoolismo crônico;cirrose hepática alcoólica e gastrite erosiva plana leve de antro. Após confirmação do resultado negativo para Covid-19, o paciente recebeu alta e foi encaminhado para ser acompanhado pelo ambulatório do Hospital, recebeu prescrição de reposição de vitamina B12, Citoneurim, ácido fólico e omeprazol. Discussão e conclusão: A anemia megaloblástica faz parte do grupo das macrocíticas, capaz de afetar as linhagens sanguíneas, como a dissociação núcleo-citoplasma. São desencadeadas pela deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico, sendo os mesmos, indicados como reposição para tratamento. É sabido que um dos efeitos sistêmicos do alcoolismo é a alteração sanguínea, como anemia, leucopenia, trombocitopenia e macrocitose. Por isso, a necessidade de se investigar com tanta atenção pacientes etilistas ou ex-etilistas.

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